Vacinas e Marketing Digital

Marcos Alonso • October 19, 2021

A importância do volume de dados para a análise de resultados

Há duas semanas assisti à entrevista da Sue Ann Costa Clemens no Roda Viva, em que ela falou sobre o desenvolvimento de vacinas para a Covid, dos problemas que tiveram, o panorama brasileiro, etc e tal.
Em dado momento ela foi questionada em como responder às pessoas que duvidam da eficácia e segurança das vacinas, que alegam que estas foram testadas e aprovadas num período muito curto em relação às vacinas comuns. Afinal, até agora a testagem e aprovação de novas vacinas é um processo que demora alguns bons anos para passar de fases e etapas e, assim, uma vacina aprovada em 1 ano não seria segura. Porque só pra essa doença já apresentaram a cura tão rápido, né?

A resposta: quantidade de testes e voluntários. 
A Dra. Clemens disse que para a vacina da Covid mais de 700 brasileiros se apresentavam diariamente como voluntários para a testagem de vacinas, enquanto para uma vacina "comum" era super difícil encontrar quem se oferecesse a ser cobaia e participar do estudo. E que, por isso, conseguiram gerar um volume de dados suficiente para análise de resultados e verificação de todos os protocolos necessários para a aprovação de vacinas, sem pular nenhuma etapa. Justamente o processo de inserção de informações na plataforma de dados e consolidação de tudo foi a parte mais complicada. 
Fiquei imaginando no trabalho, na quantidade de tabelas de informações sendo submetidas a cada segundo, e não podendo ter erro nenhum. 
animação de bicho com vários tentaculos trabalhando dia e noite

Realmente, parabéns a todos os envolvidos!
E viva o SUS!

Campanhas de marketing Digital e Volume de Dados


Na consultoria de marketing digital a coisa funciona mais ou menos da mesma forma. A gente coloca a campanha para rodar de acordo com o nosso planejamento inicial e vai observando os resultados que acontecem e, a partir destes, podemos definir otimizações e melhorias na campanha. Mas, para isso, precisamos de um volume de dados mínimo para interpretar o comportamento do usuário e também o impacto das otimizações nos resultados (seja na campanha, página ou outra variável qualquer).

Vamos pegar um exemplo de campanha de baixa rotatividade: imagine que você tem uma campanha no Google Ads em que o CPC médio dela é de R$13 e você tem uma verba diária de R$ 40, totalizando R$ 1.200 no mês.

Vamos considerar uma taxa de conversão de 2%, que um monte de gente diz por aí que é o santo graal da taxa de conversão (mas não é necessariamente verdade). Com esta média de investimento, vou ter que esperar 32,5 dias para conseguir 100 sessões/visitas e 2 leads (ou contatos).

Mas por outro lado, eu tenho uma campanha de alta rotatividade, que gasta R$400/dia com um CPC de R$0,51. Em um único dia eu já vou conseguir gerar 784 sessões e, teoricamente, 16 conversões.


Nestes exemplos é possível observar que é muito mais fácil e ágil tomar decisões e analisar variáveis para o segundo caso, enquanto que para o primeiro caso certamente vai haver uma frustração bastante grande todo pelo lado do cliente como pelo lado da consultoria, já que vai demorar muito para alguma coisa (boa ou ruim) acontecer. O primeiro caso acontece comigo nas campanhas de consultoria de SEO =/


Por isso, às vezes a gente precisa levar em consideração a estratégia e as possibilidades de investimento do cliente para alinhar expectativas de resultados e agilidade na alteração/otimização de campanhas. E sugerir alterações na variável investimento para a geração de resultados ou análise de estudos de caos, por exemplo separar uma verba extra para testar uma campanha diferente.



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